Era uma vez um cão chamado Faísca. E o nome já dizia tudo: ele era rápido, cheio de energia, animado e conhecido por todos os moradores da comunidade como um excelente caçador. Corajoso como poucos, Faísca não tinha medo de nada – nem de onça, nem de cobra, nem de trovão. Sempre acompanhava seu dono nas caçadas pela mata fechada, lá onde só se ouvem os sons da floresta e o farfalhar das folhas.
Num certo dia, o céu ainda estava amanhecendo quando o dono de Faísca o chamou:
— Vamos, rapaz, hoje tem caçada!
Faísca abanou o rabo, latiu alto e correu animado na frente. A floresta estava úmida, o chão coberto de folhas secas, e o cheiro da mata tomava conta do ar. Era mais um dia normal… até que deixou de ser.
No meio da trilha, Faísca parou de repente. Farejou algo no ar, ficou em alerta, as orelhas levantadas. Começou a latir forte, como se tivesse encontrado alguma coisa importante. O dono, experiente, mandou:
— Volta, Faísca! Aqui não é lugar seguro!
Mas Faísca não obedeceu. O latido dele ficou mais alto, mais insistente… e de repente, ele correu floresta adentro. O dono ainda correu atrás, mas os latidos do cão começaram a sumir, ficando cada vez mais distantes, até virarem um eco perdido entre as árvores.
Silêncio. Link Fofura Felina e Cães #comcomissões
Nem um ruído. Só a floresta respirando em seu mistério.
O homem procurou Faísca por dias. Chamou, gritou, pediu ajuda de outros caçadores. Vasculharam igarapés, subiram morros, seguiram pegadas. Nada. Nenhum vestígio do cão. Nenhum osso, nenhum fio de pelo, nenhum latido ao longe. Faísca havia simplesmente desaparecido na mata.
E até hoje, meus amigos, ninguém sabe o que aconteceu com ele.
Alguns dizem que ele perseguiu um espírito da floresta. Outros acreditam que viu algo que nós, humanos (e gatos), não conseguimos ver. Há quem diga que, em noites silenciosas, ainda se pode ouvir um latido distante vindo do meio do mato…
Eu, Fofura Felina, nunca me aventurei tão longe. Gosto de observar tudo de cima da janela ou enrolada no colo de meu humano favorito. Mas essa história… ah, essa história me faz sonhar com os segredos que a Amazônia guarda.
E você, o que acha que aconteceu com o valente Faísca?
Assinado,
Fofura Felina – contadora de causos, amiga dos cães e detetive nas horas vagas.
Parte 2 – "O Chamado da Floresta" Link Fofura Felina e Cães #comcomissões
Passaram-se muitos dias desde o sumiço do valente Faísca. A floresta continuava lá, misteriosa e viva, como se soubesse de um segredo que ninguém mais sabia. E eu, Fofura Felina, fiquei com isso na cabeça. Sim, porque embora eu seja uma gatinha que ama sombra e comida fresca, sou também muito curiosa — e, como vocês sabem, a curiosidade é a alma dos gatos!
Certa tarde, Bodogue, meu parceiro de travessuras e cochilos no quintal, veio me chamar:
— Fofura, tive um sonho estranho! O Faísca tava me chamando lá do meio do mato. Ele dizia: "Vem... vem me achar... o mistério precisa ser resolvido..."
— E tu acredita nisso, Bodogue? — eu miado, já com a pulga atrás da orelha.
— Eu senti no meu coração de cão. Aquilo não era sonho, era chamado!
Eu fiquei em silêncio. Um vento soprou mais forte, as folhas das árvores balançaram como se estivessem cochichando entre si. Decidimos: íamos partir em busca do Faísca.
Parte 3 – "Na Trilha de Faísca" Link Fofura felina e Cães #comcomissões
Nos preparamos. Não podíamos contar com humanos — eles acham que bicho sonha por bobagem. Mas nós sabíamos: Faísca estava vivo... em algum lugar além do normal.
Bodogue pegou um velho pedaço de corda (disse que dava sorte). Eu levei minha coleira brilhante — que serve também como lanterna à noite. Partimos pela trilha que o dono do Faísca contou ter seguido no dia do desaparecimento.
Quanto mais entrávamos na floresta, mais sentíamos o mundo mudando. Os sons da cidade sumiram. Ficaram só os assobios dos pássaros, o canto distante de um curió, o estalo dos galhos sendo pisados.
Foi quando Bodogue parou de repente:
— Ouviu isso?
— O quê?
— Um latido! Fraco, bem longe... mas é o Faísca!
Eu arregalei os olhos. Era verdade! Um som distante ecoava entre as árvores. Não parecia real... era como um sussurro entre dois mundos.
Corremos.
Pulamos troncos, atravessamos igarapés, subimos barrancos. A mata parecia nos observar, abrindo caminho onde a gente passava. Até que... chegamos.
Parte 4 – "A Clareira Mágica" Link Fofura Felina e Cães #comcomissões
No meio da mata fechada, onde a luz do sol quase não entra, havia uma clareira iluminada por um raio de luz dourada. No centro dela, estava Faísca!
Mas... ele estava diferente. Seus olhos brilhavam como se tivesse visto o próprio espírito da floresta. Ele abanava o rabo, feliz ao nos ver, mas sua energia era outra. Faísca não estava perdido. Ele havia sido escolhido.
— Eu segui uma criatura estranha... parecia um cervo com asas. Ele me levou por caminhos que nem mesmo os humanos conhecem. Me mostrou a "Floresta Espiritual" — disse Faísca, com voz tranquila.
— E por que não voltou? — perguntou Bodogue.
— Porque eu precisava proteger esse lugar. Aqui mora a alma da Amazônia. Os espíritos da floresta me aceitaram como guardião. Agora que vocês vieram, o segredo pode ser compartilhado... com quem ama a natureza de verdade.
Eu pisquei, emocionada. Entendi naquele momento que o mundo tem mistérios que nem mesmo os gatos conseguem explicar totalmente.
Faísca sorriu. Nos levou até uma pedra coberta de musgo e disse:
— Toquem aqui. Assim, vocês também serão parte da floresta.
Encostamos as patinhas e... bum! Uma luz nos envolveu. Por um instante, ouvimos vozes antigas, sentimos o cheiro da terra molhada, vimos sombras de animais mágicos.
Depois, tudo escureceu...
Parte 5 – "De Volta ao Mundo Real" Link Fofura Felina e Cães #comcomissões
Acordamos no quintal de casa. Estávamos limpos, sem folhas ou lama. Teria sido tudo um sonho?
Mas não… Bodogue ainda carregava a corda velha, só que agora tinha desenhos de folhas gravados nela. E minha coleira? Estava com um brilho diferente, como se tivesse sido abençoada.
Naquela noite, ouvimos um latido distante vindo da mata. Era Faísca, nos dando um alô do seu novo lar.
E agora eu sei: existem cães guardiões da floresta. E gatos também podem ser mensageiros do invisível.
Por isso, respeite a mata. Escute os ventos. E, se algum dia você ouvir um latido na distância... pode ser Faísca, o caçador que virou lenda.
Assinado,
Fofura Felina — repórter felina, guardiã dos mistérios e amiga dos cães eternos.
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