O Mundo dos Filhos Caninos!
Em uma pequena aldeia chamada Linguaviva, onde as palavras dançavam no ar e as histórias se entrelaçavam como raízes de árvores, vivia uma jovem chamada Lia. Ela sempre teve uma curiosidade insaciável por explorar o mundo além das fronteiras de sua aldeia. Lia adorava animais, especialmente cães. Havia Nino, um vira-lata que a acompanhava em todas as suas aventuras, um amigo leal que sempre a incentivava a seguir seus sonhos.
Certa manhã, enquanto Lia brincava com Nino sob a sombra de um carvalho, ela escutou um boato peculiar entre os aldeões. Um viajante estava prestes a chegar à aldeia para contar histórias de terras distantes, e Lia, animada, decidiu que não poderia perder essa oportunidade.
No dia da chegada do viajante, a praça da aldeia estava cheia de crianças e adultos ansiosos. Quando o viajante, um homem idoso de cabelos brancos e olhos sombrios, finalmente falou, ele começou a contar sobre um mundo vibrante e curioso, onde os cães eram chamados de maneiras diferentes.
“Na minha terra,” disse ele, “chamamos nossos amigos peludos de 'cão'.” Os ouvintes murmuraram, confirmando a palavra familiar de Portugal.
Ele continuou: "Mas no Brasil, eles são conhecidos como 'cachorros'. E que alegria é ouvir isso! Um cachorro é mais que um nome; é uma festa de amor!"
Lia sorriu ao ouvir isso e olhou para Nino, que parecia perceber que estava sendo recomendado.
"Onde eu venho", o viajante tranquilou, "no México, temos 'juchos' e 'dogos', dependendo de onde você estiver. Cada nome carrega consigo uma história única."
As crianças na praça ficaram fascinadas. Lia pediu a mão e perguntou: “Por que existem tantos nomes para um mesmo animal?”
O viajante respondeu com um sorriso: “Cada língua é como uma flor, querida. Elas crescem em diferentes solos e climas, criando beleza e diversidade. E assim como as flores, nossos amigos caninos se adaptam a cada cultura. Em algumas partes do mundo, como na Coreia do Sul, as pessoas veem os cães de maneira diferente, até mesmo como alimento. Mas em outros lugares, eles são considerados os melhores amigos do homem.”
Lia, intrigada, ficou pensando sobre como um cachorro poderia ser visto de tantas maneiras. “E o que acontece com aqueles que não têm raça definida?” ela disse, lembrando-se de Nino, seu fiel companheiro.
"Ora, esses cães são chamados de 'vira-latas' no Brasil e 'rafeiros' em Portugal, mas todos têm valor. Seu espírito livre e sua capacidade de amar são as maiores riquezas que alguém pode ter."
Movida por curiosidade, Lia decidiu primeiro conhecer esses lugares e aprender mais sobre as identidades dos cães ao redor do mundo. Com o apoio do viajante, ela montou um plano para viajar por essas culturas e entender suas histórias.
Nino, sempre ao seu lado, parecia sentir a emoção da aventura. Juntos, eles partiram em uma jornada mágica, visitando terras distantes e aprendendo novas palavras para o melhor amigo do homem.
No Brasil, Lia descobriu que os “cachorros” não eram apenas animais, mas parte integrante das famílias. As festas eram repletas de risos e dança, e os cães eram tratados como verdadeiros membros da família, sempre ao lado de seus donos.
Seguindo para o México, Lia e Nino ficaram maravilhados com a vida vibrante e os laços culturais em torno dos “juchos” e “dogos”. Ali, os cães eram símbolos de proteção e companheirismo, revelando uma profunda conexão entre humanos e seus amigos de quatro patas.
Após uma longa jornada, chegou a Portugal. Lia ficou encantada ao ver como as pessoas se referiam ao “cão” com tanto carinho. Ela aprendeu sobre as tradições que cercavam os cães, como a corrida dos “rafeiros”, onde cães de várias raças competiam em harmonia.
Finalmente, em seu retorno à Linguaviva, Lia estava cheia de histórias para contar. Nino, sempre ao seu lado, parecia entender que eles tinham feito algo especial juntos. Na aldeia, ela apresentou tudo o que havia aprendido, revelando a magia das diferentes palavras e culturas que cercam o amor pelos cães.
Lia concluiu sua história com um sorriso: "Independentemente de como chamamos, todos os cães têm o mesmo papel em nossos corações. Eles podem ser chamados de 'cão', 'cachorro', 'jucho', ou 'dogo', mas o que realmente importa é o amor que eles nos dão."
Os aldeões aplaudiram, e Nino latiu feliz, como se estivesse comemorando a união dos mundos. E assim, nessa pequena aldeia, Lia não só trouxe novos filhos caninos, mas também uniu a comunidade pelo amor incondicional que todos compartilhavam por seus amigos peludos.
E assim, a jornada de Lia e Nino não era apenas sobre palavras, mas sobre descoberta, amor e a verdadeira essência da amizade que transcende fronteiras.
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